sábado, 8 de agosto de 2009

Flor do Medo - Djavan

Venha me beijar de uma vez
Você pensa demais pra decidir
Venha a mim de corpo e alma
Libera e deixa o que for nos unir
Não vá fugir mais uma vez
Vença a falta de ar que a flor do medo traz
Tente pensar
Pode até ser mal e tal
Mas pode até ser que seja demais

Tudo vai mudar
Posso pressentir
Você vai lembrar e rir
Alguma dor que não vai matar ninguém
Pode ser vista, nos rondar
Não precisa se assustar
Isso é clamor
De amor

Venha me beijar de uma vez
Feito nuvem no ar sem aflição
Vem a mim de corpo e alma
Libera a paz do meu coração
Não vá se perder outra vez
Nesse mesmo lugar por onde já passou
Tente pensar
Pode até ser sonho e tal
É, mas pode até ser que seja o amor

Quase não

Vai você sem despedir de mim, e eu parado no amargo da música.
Escorre dos meus dedos seu anel de juras, e choro calado comigo.
Foge dos meus braços, fica o lastro forte intacto da nossa estrada.
Leva meus abraços, para te esquentar à caso você se arrependa.
Se pelo menos soubesse dizer a razão, de que maneira encarar o espelho na escuridão.
Sua dor não se revela ou será?Que finge, vai perdoa pelo bem que te fiz, vai sem culpa e leva meus pedaços meu retrato pálido e adeus...



Tudo aqui solidão, tudo agora indiferente.
Tudo assim quase não, só o que finda nesse instante.
Tudo em mim pelo chão, tudo agora indiferente.
Tudo assim quase não, só o que finda nesse instante...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

E o que for já é

Basta você querer que eu sou
O que você quiser
Mas só se você me der, amor
E o que for já é

Basta saber que o meu andor
È teu calor em mim
Mas só de você me dar, mulher
Sou teu até o fim

Aconteça o que acontecer
Tudo é o que parece ser
Nada ficará de nossa paisagem
Marte nos fará seguir
Vênus sempre há de existir
Onde tudo começou

Me ame até cair, correr
Se machucar, rolar pelo chão
Te amo até me embriagar
Me sufocar, descer da razão
Faça-me o teu barato
O teu brinquedo, o teu animal
Rasgo teu vestido, juro em teu ouvido
Ser teu perdão

Compositor(es): Pedro Morais, Magno Mello e Kadu Vianna

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

“Um sabor a pouco e um querer mais...”

Dormir.Nunca havia encarado com tanta intensidade,este ato comum e obviamente necessário! As últimas noites foram tão estranhas. Estou na casa do Pai em Caxias do Sul, durmo em uma cama de solteiro. No quarto encontra-se meu irmão caçula (15 anos), computador, criado mudo, roupas, minhas partituras e um violão... Nada fora do normal. Mas a cama nunca foi tão espaçosa, arrumada, fria, vazia e nervosa, quanto agora. Busco refúgio em seus cantos, parece que não a quero ocupar, tão quanto incomodar. O fino e único travesseiro que ocupo aqui, já não tem a mesma função de apoiar a cabeça e embalar meus sonhos. Escolho um lado e o coloco embaixo do ombro, apoiado nas costas. É engraçado como isso me tranqüiliza, afaga e ameniza a falta daqueles ventos doces e intensos, que passeavam dia a dia em meu ser, por completo. Acordo com a sensação de que o pesadelo da noite passada se foi, mas a conformação da verdade, essa ainda não me sai do pensamento, pelo menos não nas primeiras horas do dia. Em geral as tardes são extremamente proveitosas, com muito estudo, tanto piano quanto as exatas e humanas, um mate ali outro acolá, alguns passeios, boas conversas, coisas a agregar. Anoitece, a garagem é só minha, do piano, do carro e coisas velhas. Toco para todos eles, crio melodias como se fossem caminhos que levam as estrelas, parece não ter fim. Insisto em alguns destes caminhos por serem tão belos, que tocam minha alma. Mas em cada espaço, cada silêncio, cada suspirar, os pensamentos me levam a vagar por aqueles passos leves, lindos, precisos e brincantes, de um bailar estonteante, que até o chão por ali pisado se faz acanhado.
O dia passa e a noite vem, não quero dormir, mas me faz bem.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Pequena visão do "Sofrer"

Farei agora tudo o que sempre quis... Que por preguiça, imaturidade ou qualquer tipo de coisa, não fiz. Aprender a nadar, terminar os estudos, estudar mais, comer menos, saborear mais, correr menos, cuidar mais, mais tato, pensar menos, agir mais, sofrer menos... Sofrer menos? Sim! Por que não? Como havia lido em um post do amigo Fábio, que falava sobre mudanças e tudo mais que envolve crescimento! “Mas a partir que introspectamos os pensamentos para o terreno, fica mais simples entender nosso papel, mas não fica mais fácil.”
Sofremos de várias maneiras, sejam por amor, a perda de um ente querido, saudades de alguém distante, enfim. Muitas coisas nos levam a sofrer, certo? Mas cabe exclusivamente a nós, tirar oque há de melhor de cada experiência. Bom, parece óbvio isso, mas a partir do momento que se da conta que o “sofrer” esta ai para nos fazer crescer, os horizontes realmente se ampliam. O tempo passa, vamos “quedando viejos”. Mas a essência é a mesma, porém os valores, Ah estes mudam, e constantemente.
Os problemas estão ai, fácil é desistir, querer sumir, mas o trabalho é diário! Não somente para tirar o valioso salário,mais do que engrandecer o bolso,é engrandecer a alma de momentos bons, conquistas, pensamentos ao luar e porque não, amores para recordar.
Cada um tem a sua visão,mas o que o universo pede,é ação!


"Vamos viviendo viendo las horas que van muriendo,las mismas discusiones se van perdiendo entre las razones.A todo dices que sí, a nada digo que no,para poder construir la tremenda armonía que pone viejos los corazones."

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Anseios e desejos

Anseios e desejos se confundem ao trançar de pernas tão preciosas, precisas por saber conduzir a vida. Sonhos lúcidos, desfocados, por tempo indeterminado, me deixam alvoroçado, perdido e jogado.
Quanto tempo será que leva? Quero sorrir, quero sonhar, despir, correr, rasgar, gritar teu nome incessantemente, com a esperança de que tudo isso veio, se foi e ira voltar...
Aquele corpo forte que parecia não sofrer, se desmonta “num” simples gesto: Teu sorriso!
De seu olhar, que vem engolir,dizer,brilhar, trago forças nas quais não pensei existir. Faço de mim escravo, guerreiro, perdido e achado. Coração ferido e cansado insiste em sussurrar teu nome. Que para sempre deixaste ali cravado, sonhos infindáveis e um desejo calado.
Meus dedos longos que passeiam ao piano parecem sumir quando tento buscar você ao meu lado. Por quê? Porque assim? Estas mãos minhas, tão tuas, deixaram escapar a mais perfeita melodia, que me conduzia às curvas deste corpo de ritmo quente e instigante.
Naquela imensidão de loucuras, palavras, gestos e sorrisos, o tempo parecia andar em passos largos de um compasso louco e “Mezzo-forte”!
Nunca tive tanto amor e sede de vencer nessa vida. Tudo isso devo a você “Flor do Querer”.
Hoje, abro minhas mãos e as observo com um tom de angustia, aqueles espaços que nem as brancas ou as pretas preencheram jamais. A cada nota tocada, fere em mim a vontade de ver-te sorrir, ouvir cantar, poder te amar.

Julian M. Tarragô Giles

La razón y el corazón

Então...aqui estou! meu primeiro post...sim,meio corrido,pois tenho ainda que revisar alguns estudos de Química e Piano.Mas deixo para quem estiver de passagem,a letra de uma bela música de meu Pai (Lucio Yanel).Ela expressa um pouco do que vem acontecendo,neste turbilhão de emoções,entre outras "cositas más".

"La razón y el corazón"

se me cruzó una estrellita
la mire,se me perdio
y para colmo de males
me robó el corazón

se me cruzo un pensamiento
solamente se cruzo,
no le dejé que haga nido
por a la razón

la razón y el corazón
hermanos tan diferentes
pucha como puede ser
viviendo en la misma gente

en el pueblo de los indios
una sola es la razón
entrelasarce las manos
mirarse en el corazón

y en pueblo de los blancos
cantam la misma canción
que las cosas son iguales
pero iguales no son

la razón y el corazón
hermanos tan diferentes
pucha como puede ser
viviendo en la misma gente

en el pueblo de los bichos
llamado reino animal
hasta el tigre entrega el alma
cuando canta un zorzal ("zorzal" = sabiá)

malaya la diferencia
el pensamiento en el hombre
se vuelto tan asustado
que mi silencio,que mi silencio no le asombre.


Espero que gostem! Desde já agradeço...para quem comentar.
Hasta!